8 dicas para lidar com o desemprego
Nunca se ouviu falar tanto de despedimentos e da taxa de desemprego como atualmente. Todos conhecemos alguém que se encontra numa situação destas e talvez possa até ser, infelizmente, o seu caso. Independentemente de ser um recém-licenciado ainda à procura do primeiro trabalho ou se perdeu recentemente o seu emprego, é preciso saber dar a volta à situação, por mais difícil e impossível que isso possa parecer.
Depressão não. Numa situação de desemprego as emoções estão naturalmente à flor da pele, com sentimentos de culpa e de baixa auto-estima a dominar os seus dias. Como não vê nenhuma luz imediata ao fundo do túnel, pode parecer o fim do seu mundo, o que acaba por ser emocional e psicologicamente desgastante. É necessário mentalizar-se que esta é apenas uma fase, um obstáculo na sua carreira profissional que pode e vai ser ultrapassada. Deve evitar a tentação de se automedicar ou de recorrer a outro tipo de dependências para “esquecer” o que está a viver. Se sentir o autocontrole a fugir-lhe das mãos, marque uma consulta com um médico, psicólogo, psiquiatra ou até mesmo um profissional de coaching.
Viver para vencer. Os dias em casa sucedem-se e não vê motivos nenhuns para tomar banho, arranjar-se e sair – não entre nesse ciclo vicioso! Faça questão de sair todos os dias: nem que seja para ir ao Centro de Emprego espreitar as novidades, tomar café com um amigo, visitar os pais ou simplesmente passear e espairecer um pouco. Não se desligue do mundo, nem das pessoas, porque é nesta altura que mais precisa delas – há que manter velhos contactos e estabelecer novos, estar atento às tendências dos mercados profissionais para fazer apostas acertadas.
Procura diária. Procurar emprego é quase um trabalho full-time em si mesmo, ou seja, deve dedicar-se a esta atividade todos os dias. Pesquise uma diversidade de recursos: Internet, jornais, telefonemas para amigos e conhecidos. Nunca se sabe quando uma oportunidade pode surgir, por isso, procure não deixar escapar nenhuma. Adapte sempre o seu currículo e carta de apresentação ao anúncio em questão e, se o telefone não tocar, não desespere, nem desista. Mais tarde ou mais cedo, irá conseguir as tão desejadas entrevistas, para as quais deve estar preparado para impressionar.
Requer-se flexibilidade. Se a sua missão diária é eliminar o “des” de “desempregado”, saiba que, no mercado de hoje, exige-se uma boa dose de flexibilidade. A deslocação geográfica, a mudança de área profissional, aceitar um cargo abaixo das suas atuais qualificações e anteriores rendimentos pode fazer parte do seu próximo ponto de partida – esteja aberto a todo o tipo de oportunidades, nunca se sabe o que pode estar por de trás de cada porta. As cedências profissionais também têm o seu limite, por isso, é igualmente importante definir até
onde pode e quer ir.
Invista em si. Sabendo de antemão que vão existir dias melhores e dias piores, não aproveite os maus momentos para se lamentar e fazer-se de vítima. Não estamos a dizer que não seja uma fase terrível, mas antes que é algo que terá de aceitar e combater. Uma das melhores formas de o fazer é valorizar-se: manter-se a par da sua área profissional, estudar e freqüentar cursos, mas também cuidar de si, física e espiritualmente. Se com o passar do tempo a idade o preocupa, veja o lado positivo – graças a essa idade tem uma experiência acumulada e invejável, que lhe coloca numa situação vantajosa face a outros candidatos.
Tempo produtivo. Se é do tipo de pessoa que não consegue estar parado de braços cruzados, canalize toda essa energia para projetos rentáveis. Pode, por exemplo, criar o seu próprio part-time, algo que possa consolidar com a procura intensiva de um novo emprego: lance um blogue/site sobre a sua área profissional ou outra que lhe interesse particularmente e que esteja em franca expansão; dê explicações; dedique-se à culinária e venda bolos para cafés e restaurantes locais; disponibilize os seus serviços em regime de freelancer; rentabilize um hobby como a pintura de quadros ou a confecção de bijuteria; faça voluntariado – todas estas experiências serão de grande interesse contar a um potencial empregador quando ele o questionar acerca da forma como tem vivido a fase de desemprego.
Saber poupar. São principalmente nas fases de desemprego que é preciso aprender ou dedicar-se mais seriamente a “apertar o cinto” e por um simples motivo: não sabe o tempo que demorará a encontrar um novo posto de trabalho, por isso, é preciso amealhar e assegurar um futuro que é, para já, incerto. Falamos de pequenos gestos diários como cancelar cartões de crédito, renegociar o spread do empréstimo da casa, vender um dos carros da família, comer sempre em casa, poupar no supermercado, no vestuário e calçado, nas contas da água, luz e gás podem traduzir-se em grandes poupanças no final do mês.
Negócio próprio. Numa perspectiva completamente otimista, perder o emprego pode ser exatamente aquilo que precisava – a oportunidade de se entregar a uma vida nova. Dedicar-se a talentos escondidos ou nunca revelados, fazer coisas que sempre quis, mas para as quais não tinha tempo ou disponibilidade, trabalhar a partir de casa e dedicar mais tempo à família, abrir um negócio próprio ou um franchise são opções válidas que deve considerar. Afinal, o que tem a perder? Abre-se uma janela e a seguir pode abrir-se uma porta… diretamente para o futuro com que sempre sonhou.
O que fazer quando os colegas de trabalho perdem o emprego
As mudanças dentro do mundo profissional são constantes e muitas vezes inesperadas: quem hoje tem emprego, amanhã pode deixar de o ter. Embora seja extremamente difícil lidar com o desemprego, também os colegas que foram poupados ao despedimento têm dificuldade em lidar com a perda de um colaborador.
Luto profissional
Receber a notícia de que um colega de trabalho foi despedido é um choque muito grande – quer essa notícia fosse ou não esperada – afinal de contas, são pessoas com quem se lida diariamente, durante muitas horas e, em muitos casos, durante anos. A tristeza de ver um colega de trabalho perder o emprego é muitas vezes acompanhada de sentimentos de culpa, por ter sido poupado ao desemprego. A isto chama-se o luto profissional e, como qualquer perda, precisa de tempo para sarar. Antes de mais, é necessário perceber que esse luto e todas as emoções a ele ligadas são perfeitamente normais; é necessário conversar sobre o sucedido dentro da própria empresa para que todos se possam adaptar à nova realidade; é necessário apoiar o colega que perdeu o emprego, ao mesmo tempo que percebe se o seu posto de trabalho também está em risco. Esta é uma situação complicada e recheada de emoções, com as quais é preciso lidar para poder seguir em frente. A vida profissional continua.
5 passos para a aceitação
Estudos recentes concluíram que quem assiste ao desemprego de um colega de trabalho normalmente vive diversas fases que são parte natural do luto profissional e que podem ser sentidas em ordens diferentes, com mais ou menos intensidade. O importante é conseguir ultrapassá-las:
Negação: a primeira reação é quase sempre de incredulidade e de negação; ninguém quer acreditar que o desemprego aconteceu tão próximo de si e, quanto mais chegado for esse colega de trabalho, maior e mais intensa a negação.
Raiva: a frustração e a ira de um colega de trabalho ter sido despedido é uma emoção natural para quem “escapou” a esse despedimento. No entanto, e porque estas situações são muitas vezes inesperadas, apanhando todos de surpresa, provocam a raiva de quem não imaginava o que estava para acontecer.
Negociação: esta fase prende-se com o momento em que a pessoa que não foi despedida tenta perceber qual é a sua situação profissional no meio deste despedimento. Pode implicar negociações com a chefia relativamente à sua atual carga de trabalho e ao que é esperado de si daqui em diante.
Depressão: a depressão que resulta do despedimento de um colega de trabalho é mais comum do que se imagina, sendo muitas vezes acompanhado de sintomas emocionais (stress, ansiedade, desconfiança, medo, nervosismo, confusão sobre o que fazer…), psicológicos (insônias, pesadelos, paranóia…) e físicos (dores de corpo, dores de cabeça…). A maioria dos sentimentos prende-se com os sentimentos de culpa por não ter sido despedido e pela incerteza relativamente ao seu próprio futuro.
Aceitação: aos poucos a rotina diária volta ao normal – algo que se considera positivo e que deve ser ativamente cultivado – o que leva à conseqüente aceitação do sucedido.
6 dicas para lidar com o desemprego dos colegas de trabalho
Lidar com o desemprego nunca é fácil, por isso, apóie o colega que perdeu o emprego da melhor forma possível. Mantenha o contacto com o colega, agendando um almoço ou um café todas as semanas, nem que seja para ser um bom ouvido – o colega certamente precisará de conversar e desabafar. Esteja atento aos seus contactos e ao surgimento de possíveis empregos que possa encaminhar para o colega.
A redução do staff não implica a redução da carga de trabalho, por isso, conte sempre com mais trabalho. Uma boa forma de evitar que o aumento do trabalho seja fonte de stress, é fazer a redistribuição do trabalho que era do colega despedido, por várias pessoas. A verdade é que onde todos ajudam nada custa.
Perder um colega de trabalho vai afetar todas as pessoas que com ele trabalhavam, por isso, esta é a altura de estarem unidos – promova o espírito de equipa para que a fase de transição seja mais fácil para todos.
Para além da preocupação pelo colega que perdeu o emprego, é natural sentir-se ansioso relativamente ao seu próprio posto de trabalho. Se sente que o seu emprego está em risco, melhor do que preocupar-se até à exaustão, é falar com o seu chefe e perceber quais são as suas reais perspectiva dentro da empresa.
Manter o emprego durante uma recessão passa por tornar-se indispensável e, embora possa sentir-se triste e até culpado por ter mantido o seu posto de trabalho enquanto um colega foi despedido, tem de pensar, em primeiro lugar, no seu sucesso e futuro profissional. A vida é mesmo assim e tem de continuar.
Em ambientes de trabalho onde o acesso ao chefe é mais restrito, onde reina a incerteza e a insegurança relativamente ao futuro, a atitude mais correta é preparar-se para tudo: assegurar ou perder o emprego. Nestes casos é importante manter o currículo atualizado e começar a investigar as perspectiva de mercado – mudar de emprego pode ser a melhor forma de evitar o desemprego. Avalie bem a situação antes de tomar qualquer decisão profissional.
10 coisas que nunca deve fazer numa entrevista de emprego
Sabe sempre bem receber um telefonema de uma empresa que, depois de ver o seu currículo, quer marcar uma entrevista pessoal consigo – quer dizer que se destacou de alguma forma. Parabéns! No entanto, é aqui que começa o verdadeiro desafio: aos dados numa folha branca, junta-se um rosto e uma personalidade e você tem apenas alguns minutos para fazer uma excelente primeira impressão. Saiba o que nunca deve fazer numa entrevista de emprego, se realmente quer conquistar essa vaga.
Chegar atrasado. Se a idéia era fazer uma excelente primeira impressão mas chega 30 minutos atrasado à entrevista, podemos considerar que acabou por deitar tudo por água abaixo ou então deixou o entrevistador com um pé atrás em relação a si. Por algum motivo se agendam entrevistas, por isso, respeite o horário… é o mínimo que pode fazer quando alguém quer conhecê-lo e está à sua espera.
Atender o telefone. Atender uma chamada, ver ou enviar uma mensagem (por mais urgente que seja!) na presença de um entrevistador é uma total falta de respeito e de profissionalismo. Desligue o telemóvel antes de chegar ao local da entrevista, para evitar cair em tentação ou sofrer distrações que o possam prejudicar.
Mastigar chiclete. Esta dica parece óbvia mas para muitas pessoas não é. Faça o que fizer, nunca entre para uma entrevista de emprego a mastigar chiclete – fica mal e manifesta total falta de educação. Provavelmente o entrevistador estará tão concentrado nesse fato que dificilmente se lembrará dos seus pontos fortes.
Ir “às cegas”. A não ser que não tenha tido acesso ao nome da empresa, nunca vá para uma entrevista sem ter feito o máximo de pesquisa possível sobre a sua missão, objetivos, atuais e futuros projetos. Não saber quem são e o que fazem mostra desinteresse da sua parte, quando as empresas procuram pessoas que querem realmente “vestir a camisola”. Para além disso, ficará sem saber o que responder se o entrevistador lhe fizer perguntas acerca da mesma e isso, convenhamos, não vai abonar a seu favor.
Falar mal dos seus anteriores empregos. Embora possa ser difícil – sabendo de antemão que muitos entrevistadores questionam os candidatos sobre os seus anteriores empregos, o que mais e menos gostavam na empresa, porque saíram ou ponderam sair – resista à tentação de falar mal da sua antiga/atual empresa, chefe e colegas. Este tipo de atitude pode fazer passar a idéia de que é uma pessoa desleal, capaz de iniciar ou instigar conflitos, pouco respeitadora e profissional.
Contar anedotas. Por estarem nervosas ou por pensarem que são realmente engraçadas, as pessoas acham que o humor é uma boa ferramenta para impressionar numa entrevista de trabalho. Não é. Contar anedotas ou tentar ser humorístico numa conversa formal, com uma pessoa que está a conhecer pela primeira vez e que pode ser o seu futuro chefe, não é aconselhável. Seja simpático e mostre abertura, mas nunca se esqueça que está num ambiente profissional.
Flertar com o entrevistador. Utilizar a sua feminilidade ou masculinidade para seduzir um entrevistador é inaceitável em qualquer entrevista de emprego. Não só coloca em questão o seu profissionalismo, como a sua própria integridade.
Vestir-se desadequadamente. Quer queiramos, quer não, a primeiríssima impressão de uma primeira impressão é física, por isso, se quer chamar a atenção através do seu visual, que seja graças a uma apresentação impecável e profissional. Aqui são as regras do bom gosto que dominam e, quando em dúvida, um fato e gravata (para homem) e um fato calça-casaco ou saia-casaco (para mulher) são infalíveis.
Desconcentrar-se. Por vezes, os nervos e a ansiedade da situação levam à desconcentração o que pode levar, conseqüentemente, a respostas longas e pouco diretas. Concentre-se exclusivamente na pergunta a ser feita e, se necessário, pense alguns segundos antes de responder, de forma clara e objetiva. Em adição, o stress da entrevista pode levá-lo a mexer no cabelo, no rosto ou a brincar com as mãos (o que pode fazer parecer que está a mentir ou que lhe falta confiança); pode ainda fazer com que evite o contacto visual com o entrevistador e, se olhar para todo o lado menos para ele, pode fazer transparecer que está pouco interessado.
Focalizar as suas fraquezas. Dito de uma forma muito direta, a verdade é que numa entrevista de trabalho você tem, obrigatoriamente, de se vender se quer ter alguma hipótese de conseguir o emprego. Não estamos a sugerir que esconda as suas fraquezas ou minta sobre as suas capacidades, mas antes que focalize, sempre que possível, os seus pontos fortes. O resto virá com o tempo, a formação, a aprendizagem e a dedicação.
8 coisas que nunca deve dizer ao chefe
Com os anos de convivência, a relação empregado-empregador pode tornar-se mais relaxada, o que pode levar a conversas mais informais. Embora por um lado isso possa ser positivo, por outro, pode levá-lo a dizer mais do que devia ou então a dizer coisas que nunca devem sair da sua boca em direção aos ouvidos de quem manda. Quer trabalhe no mesmo sítio há 4 meses ou há 4 anos, saiba quais as frases que nunca deve dirigir ao seu chefe.
1. “Isso não faz parte do meu trabalho.”
Uma das piores coisas que pode transmitir ao seu superior é que acha que algo que ele/ela lhe pediu para fazer não lhe compete ou que é abaixo de si. Regra geral, quem manda, manda fazer tudo e, como subordinado, o seu dever é executá-lo. Antes de proferir esta frase pense nos motivos que possam ter levado o seu chefe a pedir-lhe determinada tarefa (confia em si, sabe que é capaz…), execute-a da melhor forma possível e no fim, se não correu bem, comunique-lhe porquê e/ou porque motivo o colega x ou y pode fazê-lo melhor. Nunca se esqueça que os diretores adoram colaboradores multifacetados.
2. “A culpa não é minha.”
Só o fato de dizer esta frase pode muito bem incriminá-lo, pelo menos aos olhos do seu chefe que, mais do que explicações, o que procura são certamente soluções. Proferir uma frase deste gênero tem ainda outro risco, o de incriminar outra pessoa, algo que deve evitar a todo o custo. A escola primária já lá vai há muito e no mundo profissional o objetivo é encontrar soluções e caminhos de sucesso, não bodes expiatórios.
3. “A Susana do departamento comercial acha-o um ditador, mas eu não.”
Embora possa parecer que está a defender o seu chefe, a verdade é que se proferir uma frase como esta está a dar-lhe um elogio negativo, para não falar no fato de estar a envolver e a prejudicar terceiros. Vai passar a imagem de alguém que não tem nenhum problema em apontar o dedo a colegas, ao mesmo tempo que tenta passar-se por um colaborador angelical e exemplar. Não se envolva em triângulos profissionais só para tentar impressionar o chefe – não é ético, é pouco profissional e pode trazer-lhe muitos problemas de relacionamento no ambiente de trabalho.
4. “Só um bocadinho, estou a atualizar o meu blogue.”
Uma coisa é fazê-lo rápida e discretamente como forma de descontrair ou procurar inspiração, outra coisa é passar o horário de expediente a atualizar o blogue ou o Facebook, a fazer compras online ou a falar no Messenger com os amigos e ainda por cima fazer o chefe esperar por causa disso. Para além de ser uma falta de respeito para com o seu superior, está a mostrar-lhe que o trabalho não está em primeiro lugar… e lá se vai a promoção.
5. “O problema não é meu.”
Dizer isto ao seu chefe é igual a dizer “não quero saber” e apostamos que ele não irá gostar de ouvir nenhuma destas afirmações. Qualquer empresa depende da sua equipa para ter sucesso e para ultrapassar os inevitáveis problemas, por isso, quando surge um problema no escritório ele pode muito bem afetar todos, direta ou indiretamente. Face a uma situação como esta, faça o que puder para ajudar e se não tiver nada construtivo para dizer sobre o assunto, é preferível não dizer nada. Vista a camisola da equipa, o seu sucesso profissional também depende disso.
6. “Isso é impossível”.
Mais três palavras a evitar por completo. Dizer isto ao seu chefe é igual a deitar-lhe um balde de água fria pela cabeça a baixo – também não faria isso pois não? Por mais difícil ou irreal que lhe possa parecer um pedido do seu chefe não lhe diga isso, caso contrário parecerá um colaborador inexperiente, incapaz ou sem vontade. Aceite o desafio e faça o possível e o impossível para o concretizar. Vai certamente ganhar pontos extra pelo esforço…
7. “Isso é demasiado fácil, qualquer pessoa consegue fazê-lo.”
O seu chefe pode interpretar esta frase de duas formas e nenhuma delas abona a seu favor: por um lado pode estar a dizer que é tão inteligente que o seu trabalho se torna demasiado fácil; por outro, pode parecer que a tarefa em questão é ridícula. Não há chefe no mundo que goste de ouvir que o trabalho da empresa é irrisório, que o seu colaborador não gosta de o fazer ou que até uma criança de 5 anos o podia executar. Trabalho é trabalho, e tem de ser feito. Guarde esses pensamentos para si e depois de ter a sorte de terminar rapidamente essas tarefas tão fáceis, dedique-se a projetos com maiores desafios e impressione o chefe.
8. “Ontem à noite foi a loucura total!”
Já o velho ditado diz: “Trabalho é trabalho, conhaque é conhaque” – ou seja, aquilo que faz na sua vida privada não é chamado para a sua vida profissional. A última coisa que vai querer, é que o seu superior pense que a sua produtividade no trabalho afinal está a ser afetada pelas suas noitadas contínuas e não por uma carga excessiva de trabalho como se queixou a semana passada. Acima de tudo não se esqueça: o seu chefe não é a sua mãe, melhor amigo ou terapeuta, é o seu chefe.
Como lidar com colegas de trabalho negativos
Não há ambiente de trabalho que não tenha um: um colaborador cujo segundo nome parece mesmo ser “negativo”, ou seja, está constantemente a expressar sentimentos e pensamentos negativos relativamente à empresa e ao trabalho. Infelizmente, a negatividade é contagiante, por isso, saiba como lidar com colegas de trabalho que só conseguem ver o lado negro do mundo profissional.
Porquê tanta negatividade?
Não é raro um escritório ser abatido por um ambiente negativo e pessimista – basta um acontecimento menos feliz que afete todos ou simplesmente o mau humor de um colaborador que julga ter o pior emprego do mundo e faz questão de manifestar isso diariamente. Os colegas de trabalho negativos são-no por vários motivos, sendo os principais os seguintes: excesso de trabalho; falta de reconhecimento (quer profissional, quer financeiro) pelo trabalho que executa; trabalho monótono, pouco motivador; incompatibilidade com o chefe/diretor; incompatibilidade com outros colegas de trabalho; discordância com a forma como a empresa é gerida; ansiedade sobre o futuro da empresa e, conseqüentemente, o seu próprio futuro profissional e progressão na carreira.
Ambiente de trabalho negativo
O negativismo no trabalho pode ser um ciclo vicioso que determina o ambiente que se vive no escritório diariamente – isto porque os colegas de trabalho negativos podem ser tão pessimistas e persistentes com a sua postura e forma de comunicação, que acabam por influenciar outros colegas. Quer seja através de desabafos, reclamações constantes ou a promoção de rumores, os colegas de trabalho negativos chegaram a um ponto nas suas carreiras em que apenas conseguem lidar desta forma com o trabalho. Pior do que isso, é que esta é uma mentalidade que facilmente influencia o ambiente de trabalho, podendo contagiar colegas que normalmente são positivos, envolvendo também eles no clima de pessimismo profissional. A cultura do negativismo pode refletir-se de várias formas: quebrar a motivação, enfraquecer o espírito de equipa, causar conflitos nos relacionamentos profissionais, levar o trabalho para casa, o que pode acabar por afetar negativamente a vida pessoal.
Como tornar o negativo em positivo
Para quem tem de lidar diariamente com este tipo de colega, ir trabalhar todos os dias pode tornar-se um suplício – ser bombardeado a cada instante por uma atitude negativa pode tornar o horário de expediente um verdadeiro inferno, desgastando uma pessoa física, psicológica e emocionalmente. Saiba como lidar com os colegas negativos e torne cada dia de trabalho numa experiência mais positiva:
A forma mais simples de lidar com colegas de trabalho negativos é evitá-los. É claro que esta solução nem sempre é possível, por isso, quando um colega que vem falar consigo sobre determinado assunto rapidamente passa para uma conversa negativa sobre a empresa ou o diretor, por exemplo, explique-lhe que pretende falar exclusivamente do assunto em questão.
Se tiver confiança com o colega em questão, convide-o para tomar um café no final do dia para que possam conversar sobre aquilo que ele/ela possa estar a sentir, evitando assim conversas negativas no local de trabalho.
Aconselhe o colega a determinar qual a principal causa do seu negativismo e ajude-o a procurar uma solução: talvez essa passe por uma conversa franca com o chefe ou, em casos mais extremos, implique a mudança de emprego.
Mesmo os colegas de trabalho mais negativos não podem ser ignorados ou postos de parte – procure fazer o oposto, ou seja, promover um espírito de equipa para que essa pessoa se sinta parte de um projeto que vale a pena, podendo assim ver o panorama profissional por um outro prisma, mais positivo. Quanto mais ouvidos der a um colega negativo, mais vezes este o vai procurar para falar sempre do mesmo.
Evite almoçar ou lanchar com colegas que passam até o tempo de pausa e de descanso a falar negativamente sobre tudo o que esteja relacionado com o trabalho. É a maneira mais fácil de entrar na conversa negativa e de estragar um dia de trabalho que até estava a correr bem.
Se o problema persistir e estiver a afetar seriamente o seu e o trabalho da restante equipa, outra solução pode passar por falar diretamente com o chefe – para que este possa tomar uma atitude para com o colega em causa.
Mantenha-se focado nos seus objetivos profissionais e tente não deixar-se influenciar pelo negativismo de outros colegas de trabalho. Dentro do possível, responda sempre ao pessimismo com energia positiva – se não conseguir contagiar a outra pessoa, pelo menos pode ser uma chamada de atenção para a forma como se estão a comportar ou então podem mesmo deixar de ter esse tipo de conversas consigo. Rodeie-se de colegas positivos, que contribuem para um bom ambiente de trabalho.
Por vezes, os ambientes negativos persistem e dificilmente mudam porque as pessoas não querem ou simplesmente não sabem mudar. Fazer um esforço para motivar e animar colegas negativos pode ser uma boa ação da sua parte, mas não é a sua responsabilidade, nem é algo com o qual tenha de lidar diariamente. Se sentir que o ambiente de trabalho negativo dificilmente vai deixar de o ser, considere outras perspectivas profissionais como pedir transferência para outro departamento ou filial; ou mesmo mudar de emprego.
Etiqueta de e-mail: 10 regras essenciais
O e-mail veio revolucionar a forma como comunicamos profissionalmente e, se por um lado, apresenta vantagens em termos de rapidez, eficiência e economia, por outro lado, esses mesmos benefícios podem revelar-se verdadeiras dores de cabeça se não forem seguidas as regras básicas da etiqueta de e-mail.
Simples e curto. O objetivo de um e-mail é ser simples e curto, por isso, mantenha-o assim. E-mails cheios de texto são desagradáveis para quem os recebe e correm o risco de não serem lidos, de serem lidos “na diagonal” e, possivelmente, mal interpretados. Três ou quatro frases curtas e diretas ao assunto são o ideal, mas se tiver de se alongar, opte por fazê-lo em formato de lista, para que nenhum ponto importante seja perdido.
O assunto é importante. Sempre que possível, evite enviar e-mails com o campo “assunto” vazio, pois, pode dar a impressão que o e-mail não é relevante. Deve fazer o oposto, ou seja, aproveitar este campo para indicar precisamente aquilo de que se trata o e-mail. Seja preciso, mas sumário e, se necessário, utilize expressões como “reunião”, “urgente”, “convite” ou “pedido” para facilitar a compreensão imediata por parte do destinatário.
Maiúsculas não. Embora possa parecer mais fácil escrever uma mensagem de e-mail em letra maiúscula, é muito desagradável de ler para quem recebe. Em adição, um e-mail exclusivamente composto de letras maiúsculas é muitas vezes visto como rude ou como se estivesse a “gritar” com o destinatário, por isso, utilize-as apenas no início das frases ou quando quiser dar ênfase a uma palavra em particular. Trate um e-mail como qualquer outro documento informático, obedecendo às regras de formatação e de ortografia.
Para todos ou só para um? Tenha cuidado com a função “responder a todos” – esta deve ser apenas utilizada quando a sua resposta for relevante tanto para a pessoa que enviou o e-mail, como para aquelas que constam do campo “Cc”; se a sua resposta interessar exclusivamente à pessoa que lhe enviou o e-mail, esqueça o “responder a todos”.
Dia e hora certas. Certifique-se que a configuração do seu e-mail esteja programada para o dia e hora correta. Digamos que enviar e/ou receber e-mails com datas ou horas enganadas podem gerar confusões desnecessárias e em termos de arquivo tornam-se praticamente nulos.
Rever, rever, rever. Nunca envie um e-mail sem reler o texto, certificar-se que está a enviar para a pessoa certa, verificar que não se esqueceu de referir nada e de anexar todos os ficheiros relevantes, se for o caso. O melhor é mesmo deixar o e-mail – principalmente os mais importantes – “descansar” alguns minutos antes de ser enviado.
Anexos gigantes. Ninguém sabe a capacidade ou o estado da caixa de correio das outras pessoas, ou seja, se tiver de anexar um documento pesado, fale previamente com o destinatário a informá-lo do tamanho para que ele possa libertar o espaço necessário. Caso contrário, opte sempre por comprimir os ficheiros, tornando-os assim mais leves – evitará frustrações de ambas as partes.
Evite o envio de e-mails pessoais. Não utilize o e-mail da empresa para enviar mensagens pessoais ou para reencaminhar e-mails divertidos ou de qualquer outro assunto que não profissional. E só porque alguém na empresa lhe enviou um e-mail deste gênero não quer dizer que possa fazer o mesmo ou que deve reencaminhá-lo. Apague-o e não siga o exemplo. Fale com essa pessoa pessoalmente.
Resposta rápida. Quem envia um e-mail espera uma resposta… o mais rápido possível! Quando existem dezenas de e-mails à espera de serem respondidos, temos a tendência de os acumular e procrastinar esta tarefa. Evite isso, afinal de contas, quando envia um e-mail também gosta que lhe respondem o quanto antes, não é verdade? Se não conseguir responder a um e-mail até 24 horas depois de o ter recepcionado, envie um e-mail à pessoa em questão, informando-a que recebeu o seu contacto e que está a tratar da resposta, assim ela também não ficará na dúvida se o e-mail chegou ao não ao seu destino.
Arquivo. Organize a sua caixa de e-mail com diferentes pastas, uma para cada pessoa ou assunto, por exemplo, e arquive todos os e-mails enviados e recebidos. Nunca sabe quando irá precisar de um comprovativo desse gênero, por isso, mais vale prevenir e organizar.
6 razões pelas quais deve fazer pausas no trabalho
Cada dia de trabalho é longo e atarefado, a multiplicar por cinco e parece que a semana nunca mais chega ao fim. Imersos em toneladas de afazeres, não temos tempo para parar, mas passamos a hora de expediente a olhar repetidamente para o relógio. Respire fundo, relaxe e faça uma pausa… a bem do seu trabalho.
Descansar a mente. Quando a preguiça pós-almoço chega sem avisar e ameaça deitar por terra todo o trabalho que está a tentar terminar, está na hora de parar. Ninguém consegue estar a 100% constantemente e, tal como precisamos de dormir à noite para recuperar energias, também temos de fazer pausas durante o dia. Parar para descansar é igual a parar para retemperar energias – algo essencial para um dia de trabalho produtivo, criativo e bem-sucedido. Levante-se, estique as pernas, espaireça, converse, ria, coma qualquer coisa, beba qualquer coisa, procure silêncio, procure agitação… para recomeçar da melhor forma possível.
Descansar a vista. Tão importante como descansar a mente é descansar a vista, principalmente para quem passa o dia sentado em frente a um computador. Forçar demasiado a vista pode trazer problemas de visão, dores de cabeça/enxaquecas, cansaço e irritabilidade – todas elas inimigas de um trabalho bem executado. Quando sentir a vista a ficar cansada, pare e afaste-se do computador durante algum tempo, evitando mesmo outras atividades que requerem a vista, como ler ou escrever. Faça outra coisa, como fechar os olhos e ouvir um pouco de música, fazer um telefonema, ir almoçar mais cedo, lanchar ou simplesmente ir um pouco até a janela e ver o mundo lá fora. Os seus olhos agradecem.
Momento de inspiração. Por vezes, quando passamos demasiado tempo em torno da mesma tarefa, pode parecer que nunca mais acertamos e, pior, que nunca mais a vamos terminar. Pôr essa tarefa de lado e fazer uma pausa pode ser a melhor maneira de obter a inspiração que precisa para concluir aquilo que tem em mãos. Algo tão simples como apanhar um pouco de ar fresco, tomar um café, fazer alguma pesquisa online ou folhear uma revista pode ser exatamente o que necessita para voltar a sentir-se inspirado.
Aliviar o stress. Quando a tensão toma conta do escritório e estão todos à beira de um ataque de nervos – incluindo você – o melhor que tem a fazer é parar. Faça uma pausa – à sua secretária ou longe dela – e reavalie a situação. As pausas ajudam a pôr as coisas em perspectiva, evitando palavras, ações ou decisões precipitadas. Quando voltar, verá a situação ou o trabalho que tem à sua frente de outra forma, certamente mais positiva. Para além de serem um tónico para a sua saúde física, as pausas são ainda cruciais para a saúde emocional e psicológica.
Fazer o tempo passar mais depressa. Saber que a determinada hora vai fazer uma pausa, obriga-o a concentrar-se para poder adiantar ou terminar aquilo que está a fazer até essa hora – pode ser um desafio colocado a si mesmo que funciona, simultaneamente, como uma motivação. Depois da pausa, desafie-se novamente, tendo a hora de saída como prazo limite. Para além de fazer mais em menos tempo, a sua concentração e a pausa retemperadora pelo meio farão com que o tempo passe mais depressa.
Evitar o cansaço extremo. Trabalhar oito ou mais horas por dia sem fazer uma única pausa não é saudável, pode ser contra produtivo e é a melhor maneira de entrar num esgotamento, que não será benéfico nem para a sua carreira, nem para a sua vida pessoal. Mesmo os workaholics precisam de fazer pausas e todos precisamos de saber reconhecer quando é que é oportuno parar 5 ou 10 minutos. A bem da sua saúde e sucesso profissional, faça das pausas uma parte da sua agenda, todos os dias.
Como promover o espírito de equipa no trabalho
O sucesso de qualquer empresa está, não só na qualidade dos seus produtos e serviços, mas nas pessoas que trabalham diariamente para a fazer crescer. Embora o trabalho individual tenha os seus benefícios, as empresas depressa perceberam que não há nada como o trabalho de equipa – em geral, produz melhores resultados e necessita de menos orientação. Agora, conseguir que isso aconteça pode não ser tão fácil como aparenta, daí a importância de saber promover o espírito de equipa, principalmente se tem um cargo de chefia.
As linhas da comunicação
As linhas da comunicação devem estar sempre abertas, ou seja, cada colaborador deve estar à vontade para falar sobre o que quer que seja com qualquer outro elemento da equipa, inclusive, o líder. O líder, por sua vez, deve assegurar que toda a equipa esteja bem ciente dos objetivos, normas e visão da empresa – só uma equipa que compreende, na íntegra, a meta de uma empresa é que pode realmente concretizá-la. Adicionalmente, deve reforçar a importância do trabalho em equipa sempre que haja uma reunião, formação ou mesmo em momentos menos formais, como a pausa para café ou o almoço de Natal – os colaboradores gostam sempre de saber que foi o seu esforço coletivo que contribuiu para o melhor ano na história da empresa, por exemplo.
Um bom ouvido
Uma das características mais importantes que um líder deve ter na hora de motivar o espírito de equipa no escritório ou qualquer outro ambiente de trabalho é a capacidade de ouvir. Ter a sua porta sempre aberta para ouvir as opiniões, desabafos e dificuldades dos colaboradores é essencial porque aqueles funcionários que se sentirem mais confortáveis com a equipa e com o seu líder terão uma maior probabilidade de se manterem leais e motivados com o departamento e com a empresa. Estar atento ao feedback da equipa e agir de acordo com o mesmo é igual a aumentar os níveis de satisfação e, por conseqüência, de entrega e produtividade da mesma.
Promover a confiança
Sempre que possível, deve demonstrar a segurança que tem nas competências individuais e coletiva da sua equipa de trabalho – depositar a sua total confiança nos seus colaboradores reproduzirá o mesmo efeito neles, ou seja, aumentará a sua própria autoconfiança e vontade de fazer mais e melhor. Promover a confiança é estimular um ambiente de trabalho criativo e uma equipa mais do que motivada.
Obstáculos que desafiam
Embora possam ter, à primeira vista, uma conotação negativa, a verdade é que existem obstáculos ideais para promover o espírito de equipa – um prazo apertado ou um projeto inovador para a empresa, por exemplo, são obstáculos aliciantes porque desafiam as pessoas a darem o seu melhor. Para além disso, estas “provas de resistência” geram uma interdependência que fortalece a colaboração ativa e saudável entre os membros da mesma equipa. Em proporções certas, os obstáculos são ferramentas poderosas para unir um grupo de pessoas em torno do mesmo objetivo.
Recompensas merecidas
Quem não gosta de um prêmio, de ser reconhecido por um trabalho bem executado? Seja um bônus monetário, um dia de folga ou um elogio verbal, o reconhecimento de um trabalho bem feito é um dos maiores motivadores existentes no mundo profissional. É igualmente importante louvar as prestações individuais, assim como a equipa no seu todo.
Atividades extracurriculares
O espírito de equipa também pode ser promovido e fortalecido fora do escritório, ou seja, a empresa pode organizar um passeio anual ou bianual onde junta os colaboradores num sábado à tarde para descontraírem ou, porque não, para participarem em atividades radicais (por exemplo, rafting ou paintball) ou outros jogos de equipa (por exemplo, uma partida de futebol ou mesmo exercícios de “teambuilding”) – onde o esforço coletivo é necessário e, entre uma pitada de diversão, sairá com certeza reforçado.
Etiqueta para o WC do escritório: os 9 mandamentos
Podemos considerar a casa de banho do escritório um território especial: espaço sagrado para muita gente que nele se refugia para aliviar alguma tensão, para outros serve apenas a sua própria funcionalidade. No entanto, e precisamente porque é partilhado por todos ou pelo menos por muita gente, há que decorar os 9 mandamentos da etiqueta para o WC do escritório.
Um único propósito. Se vai à casa de banho é porque precisa de ir – existe um único objetivo pelo qual se levanta do seu posto e atravessa todo o escritório para ir ao WC… e que assim seja. Evite falar ao tele móvel, fumar, comer ou realizar reuniões secretas com outros colegas na casa de banho. Para além de incomodar os outros “utentes”, nunca se sabe quem pode entrar.
Bater antes de abrir. Uma casa de banho é dos locais mais privados que existe e quem a utiliza gostava de manter toda a sua integridade, principalmente no local de trabalho. Por isso, quando em dúvida sobre a ocupação do WC, espreite para certificar se vê pés ou bata na porta e espere pela resposta antes de entrar de rompante e assistir a algo que preferia nunca ter posto os olhos em cima. É uma simples cortesia, até porque perdem-se chaves, os trincos partem e, com a aflição, alguém pode ate esquecer-se de trancar a porta.
Os chorões. Já aconteceu a todos entrar na casa de banho e deparar com o colega do departamento de marketing ou de produção em plena crise de choro, agarrado a um pacote de lenços e a abanar a cabeça em desilusão. Pode estar a ter um mau dia, pode ter acabado de receber uma péssima notícia, pode estar a aliviar alguma ansiedade acumulada, pode ter sido chamada ao gabinete do diretor e talvez as coisas não tivessem corrido da melhor forma… como não sabe o que se passa, não está na obrigação de perguntar, até porque se a pessoa se refugiou no WC é porque provavelmente não quer ver nem falar com ninguém. Se não consegue ficar indiferente, pergunte respeitosamente se a pessoa precisa de alguma coisa, um copo de água ou se quer que chame alguém. Saia e não comente com ninguém o que acabou de ver. Essa pessoa agradece.
A saga do papel higiênico. Se acabou com o papel higiênico, é o seu dever avisar imediatamente quem tem a responsabilidade de o substituir ou fazê-lo você mesmo; assim como deve avisar qualquer pessoa que possa estar a entrar para a casa de banho nesse preciso momento. Se ficar apenas com duas folhas na mão e precisar de mais, não tenha receio de pedir a alguém que esteja no WC ao lado para lhe passar um reforço por cima ou por baixo da divisão, mantendo assim a sua privacidade. Para evitar o desconforto de visionar um rolo de papel higiênico vazio quando já for tarde de mais, habitue-se a verificar qual o stock existente antes de entrar.
Por água abaixo. Nunca, mas nunca se esqueça de descarregar o autoclismo e não custa nada espreitar para ver se já foi tudo realmente por água abaixo ou se necessita de uma segunda descarga. Para além disso, nunca deite nada inapropriado na sanitario, ou seja, algo que possa não conseguir descarregar. Ninguém gosta de ver uma sanitario suja no momento em que entra para a casa de banho, por isso, faça o favor de carregar no botão.
Perfumado ou não perfumado? Evite o uso de sprays desodorizantes – mesmo que sejam específicos para o WC, a grande maioria é demasiado forte, deixando um rasto de perfume intenso e pesado não só na casa de banho (que incomodará os ocupantes seguintes), como também no resto do escritório (os odores têm a tendência de flutuar e infiltrar espaços circundantes, denunciando neste caso aquilo que acabou de fazer e sobre o qual provavelmente não quer falar). Os desodorizantes de sanitario ou que libertam aromas suaves em determinados intervalos são opções mais agradáveis – dê a sugestão a quem de direito.
Entrar e sair. A regra aqui é clara como a água: trate a casa de banho do escritório tal e qual trata o seu WC lá de casa (a não ser que seja uma pocilga). Isto significa que deve deixar este espaço da mesma forma que o encontrou, de preferência limpo (o lugar do lixo é no lixo) e arrumado para a pessoa que se segue. Sim, incluindo certos fluidos que possam ir parar a todo o lado menos onde deviam e manadas de cabelo que caíram da sua cabeça para o lavatório e/ou chão enquanto se penteava. Deixe a porta entreaberta para avisar quem vier a seguir que o WC está livre e lave sempre as mãos antes de sair da casa de banho. Certamente vai querer que os outros façam o mesmo, por isso, dê o exemplo.
Perdidos e achados. Existem muitas pessoas distraídas e apressadas que saem a correr da casa de banho, deixando para trás joalharia ou bijuteria que tiraram para lavar as mãos, maquiagem que utilizaram para retocar o look, papéis, livros, bolsas e mil e um objetos que ficam muitas vezes esquecidos no WC. Resista à tentação de vasculhar algo que não seja seu, muito menos ficar com ele. Deixe ficar onde está (a não ser que saiba exatamente a quem pertence e vá logo entregar) e informe quem possa tratar desse tipo de assunto.
Tempo é dinheiro. Por mais tentador que a casa de banho do escritório possa ser, esta não deve ser o seu refúgio para contemplar a roupa que escolheu para o dia, para examinar os seus pontos negros, refazer toda a maquiagem ou simplesmente sentar-se a ler uma revista. Para além de ser uma quebra de raciocínio e produtividade, nos casos de existir apenas um WC, pode entretanto ter-se criado uma fila de espera à porta que o seu chefe definitivamente não vai gostar de ver. Entra, faça o que tem de fazer e regresse ao trabalho.
Boletim elaborado por:
Marcos Gonzalez
M.F./ R.F.B. - RDA Nr.: 2D/00153
E-Mail: Marcos.Gonzalez@uol.com.br
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