sábado, 23 de outubro de 2010

Apple lança o seu MacBook Air 11,6", os fabricantes de PC têm que seguir.

Não sou um grande fan do Steve Jobs, ele fiz uma carreira e um trabalho excepcional em muitos pontos de visto, a trajetória dele é um verdadeiro exemplo e uma historia de sucesso que apenas o setor de novas tecnologias conseguiu fazer, mas não consigo enxergar ele como o líder carismático que alguns vêem. Não sou um grande fan porque como muitos outros chefes  deste tipo de empresa, ele não tem um discurso pessoal, mas antes de qualquer coisa um discurso otimizado para o bem do sua empresa. É bem lógico e coerente para o dono da Apple, mas tenho, com muitas outras pessoas, dificuldade de enxergar-lo somente de um lado business.

Todos os CEO reagissem do mesmo jeito. Se você vai perguntar para seu florista ou seu mecânico o que eles acham dos concorrentes, você terá  o mesmo tipo de reações que aquela do CEO da Apple. "As rosas de fulano ficam tempo demais na câmara frigorífica" ou "Ciclano faz pacotes troca de óleo, com óleo de baixo custo". Todo mundo está no mesmo nível, mas o problema com o Steve Jobs é que ele dirija uma enorme empresa de informática, e que ele tem uma influencia importante sobre muitos elementos. A indústria HighTech que parece seguir Apple em todos os cantos, esperando aproveitar-se da imagem da maçã. A bolsa com um gigante valor de ação, as mídias com propagandas que prosperem tanto na televisão, na radio, que nos jornais ou internet. Ele tem também e principalmente uma enorme influencia nos seus clientes e, coisa incrível, também enorme naqueles que nunca serão os seus clientes.

Todo o problema de imagem do Steve Jobs vem dali, ele apenas faz o seu papel, com a boa ou mal fé acostumada de um chefe. Mas o sucesso de sua empresa, a quase falência quando ele não estava dirigindo-la e o sucesso mundial das invenções feitas quando ele volto geram tantos elogios que críticas envenenadas.

Eu mesmo fiz várias destas críticas. E a mais feia; aquela que eu tentei ajustar bem, foi aquela a respeito da saída do Ipad, aonde Mister Jobs abria um caminho para o seu tablete, colocando-lo numa avenida entre os smartphones e os notebooks com o objeto portátil e leve. Ele aproveitava para destruir os netbooks, que pareciam ser uma piada. Os argumentos da época eram simples e sem saídas, vocês devem se lembrar: "Nos não sabemos fazer um notebook a $500 que não seja uma sucata".  Steve adicionou mais coisas durante a apresentação do Ipad: os netbooks são lentos, têm uma tela mediócre, e têm apenas programas para PC.

E apareça o MacBook Air 11.6".


Lindo, fino, inteligente e bem construído são as palavras chaves. Quando tenho que  ver a concepção  de um Mac, faço-lo sempre de um jeito neutro, eu não ligo para a marca ou para o sistema para me interessar apenas no material e nas escolhas que foram feitas. Haverá umas reservas sobre o objeto, em particular seu preço, mas não vamos estragar nosso prazer de ver um tão bel objeto técnico no detalhe.


A concepção Unibody para iniciar. Para os leigos, esta palavra designa a maneira que a carcaça é fabricada. Ela é de alumínio, e é fabricada na mesma massa para todo o casco superior da parte de baixo, e a traseira da parte de cima. Resumindo grotescamente: pegue um bloco de alumínio, recorta ele com máquinas industriais e você consegue este pedaço esculpido na massa. A vantagem é ter uma montagem uniforme, sem juntas propicias na sujeira, mas também ter  uma concepção mais solida e firma do casco. Elemento indispensável na máquina para atingir a fineza proposta, este processo é obviamente mais caro, muitas sucatas de alumínio têm que ser tratados, o tempo de preparação das peças e a concepção do casco são mais demorados.


Mas o resultado está aqui, com uma máquina 11,6" de dimensões reduzidas: 299,5mm de largura, apenas um pouco mais que uma folha de papel A4 padrão. 192mm de profundidade, e de 2,7 até 17,28mm de espessura. Os 2,7mm estão na extremidade da carcaça, mas isso mostra bem a fineza global da máquina. A escolha do alumínio traz um peso interessante ao computador porque ele está apenas em cima do quilo: 1,06kg. Isso é uma conquista para um 11,6".

Este peso é também conseguido trocando o disco rígido geralmente presente nos laptops para substituir-lo por um SSD. Uma excelente escolha que Apple tinha já feito para o seu MacBook Air e que tem que ressaltar aqui, porque todos os fabricantes de PC esqueceram que o SSD existia. Pode limitar o espaço de armazenamento para 64 ou 128Go no 11,6", mas é mais que suficiente para este tipo de computadores moveis. Os fabricantes de PC acharam melhor de esquecer o SSD e passaram a oferecer de 80 até 160, em seguido 250Go de armazenamento mecânico para atingir 320Go nos modelos de alto padrão. Muito bom, é uma via possível que interessa um público.


 Apple mostra que pode oferecer 64Go em SSD sem ser incoerente em relação aos usos deste tipo de máquina. Eu até fala que uma máquina 32Go SSD acessível teria hoje muito sucesso no mundo PC. A tecnologia SSD é cara, mas permita um acesso rápido e de bom desempenho aos dados. Se o seu espaço de armazenamento está limitado, ele atende as necessidades de uma máquina deste tipo, máquinas nas quais nós não levamos toda a nossa vida digital, e menos ainda muito jogos e aplicações gulosos em memórias. Em um netbook, precisamos de espaço de armazenamento para o nossos dados privativos, alguns programas e conteúdos multimídias. Sem necessidade de colocar 50 filmes ou 10.000 horas de músicas.


Outro ponto positivo, Apple teve a ótima idéia de procurar na oferta processador da Intel. Se na página 1 do catálogo  de Natal do fabricante tem os Atom e Core i, um pouco depois, tem outras boas oportunidades com o Core Duo. Claro que muitos gritam com a falta de desempenho destes processadores em relação aos mais novos lançamentos, mas é esquecer dois pontos essenciais. Primeiro, o MacBook Air não deve se transformar em um concorrente do MacBook clássico.  Segregar a oferta com o desempenho (a mais do preço) tem então sentido para a Apple. Em seguido o desempenho esperado deste tipo de máquina é aquele esperado de um processador de última geração? Acostumado com o desempenho dos Atom, não tenho certeza. Não vamos pedir para um MacBook Air a mesma coisa que para um MacBook Pro. A escolha do Core Duo tem também duas grandes vantagens: o consumo de energia é pequeno, com um TDP de 10watts, o que dar na máquina um funcionamento provavelmente muito silencioso e uma autonomia WiFi ligado de 5 horas, o que é bom para um 11,6" com este desempenho.

Uma desembalagem em Francês por StanetDam

O que doí nos compradores, é o preço pedido, $999 para a versão 64Go de SSD e $1199 para a versão 128Go, é muito dinheiro, e como de costumado a comparação com o mundo PC chega na conversa: "Para €1.000, tenho um laptop muito mais potente." Verdade, mas ele não será tão fino, nem tão leve que uma máquina deste tipo. De fato, a situação lado PC é bem ruim. Para €700, temos uma máquina em Core i3 muito mais potente que o Core 2 Duo do MacBook Air, mas e do lado gráfico? O GeForce G320M deste Mac é muito mais potente que o chipset gráfico integrado ao Core i3. A oferta PC deste padrão não é muito convincente, a culpa da Intel que impediu os fabricantes de processadores gráficos de oferecer alternativas ao processador GMA HD dos Core i3. Então o que melhor para comprar? Um bom processador de 2 anos atrás com um processador gráfico potente para ter um conjunto homogêneo, ou um processador mais potente, mas menos bem assessorado na parte gráfica e mais gulosa em energia? De meu ponto de visto, Apple fiz a escolha certa.




Para o restante, a crítica vai ser difícil, mesmo se algumas escolhas são surpreendentes. A autonomia é boa, os conectores bem melhores ergonomicamente falando que aqueles do primeiro MacBook Air, porque a empresa renuncio nas tampinhas inúteis. O USB está em 2.0, com o preço poderíamos esperar a norma 3.0. Mesma coisa para o Bluetooth, que se ele está presente na máquina, está apenas na versão 2.1 + EDR, e não 3.0. Sem leitor de cartão SDHC, uma falta incompreensível para este tipo de máquina, apesar que os adaptadores USB são numerosos e que a maioria das máquinas digitais pode se conectar diretamente em USB. A versão 13,3" tem um, e podemos imaginar uma falta de espaço para guardar este acessório no 11,6".


O que falar a mais? O WiFi está em a/b/g/n e a rede ethernet em Gigabit. A bateria é uma 6 células 5.000 Whr que prometa 5 horas de trabalho conectado e 30 dias em espera... Esta bateria é como acostumado totalmente inacessível, o que deixará a máquina de menos em menos autônoma ao passar do tempo. Isso é um ponto negativo, mas aqui ainda Apple preferiu sacrificar esta possibilidade para privilegiar antes de todo a fineza. A bateria é ainda divida em 4 elementos que são colocados no computador a fim de equilibrar-lo ao melhor.

A tela será sem duvidas a 10.000 léguas daquela das melhores telas de netbooks, e é um ponto capital na estratégia da Apple. A Apple não apresenta características, mas uma máquina e usos, então a tela é um elemento indispensável na sedução da máquina. Na frente de um MacBook ligado e da imagem que ele oferece, estamos capaz de apagar rapidamente várias centenas de euros de diferença em relação na máquina do lado com a tela triste.


Para concluir, falaria do teclado que será sem duvida excelente, os primeiros retornos confirmam, assim que do touchpad multitouch muito grande que a empresa escolheu colocar no computador, quase num formato de tablete. Um touchpad provavelmente muito trabalhado para melhorar ao máximo o conforto de uso. A webcam é bem posicionada e permitirá videoconferência agradável. As caixas estereos são relativamente grandes, muito mais que dos netbooks e deveriam fornecer um som mais que correto.



Apple foi lógica até o fim no seu conceito, propondo o sistema de instalação numa chave USB de 8Go fornecida com o computador. É uma solução  pedida desde muito tempo para os usuários de netbooks que não querem o sistema de instalação num CD ou DVD sem sentido num computador isento de leitor ótico, e que não querem ver o espaço de armazenamento pequeno reduzido para um sistema no disco rígido. Com o preço do computador, pode ser julgado normal, mas as chaves USB de 8 Go não são mais caras hoje, e não precisa módulos de memórias muito rápidos. Outros fabricantes poderiam ter tido a mesma idéia a muito tempo.

Mas então, é o netbook último?


Na verdade, não. No formato, no espírito, é um grande netbook, no mesmo título que os 11,6" e 12,1". No seu preço, é um parente próximo do Vaio X, uma linda máquina mas totalmente fora de cogitação para muita gente. Eu até falaria que ela dar um problema de investimento para os clientes da Apple. Ela é mais barata que os laptops, mas fica um investimento pesado para um uso que no final é muito próximo ao de um netbook clássico mais barato. Os Hackintosh, os netbooks que são usados com o Mac OS, podem parecer ainda uma resposta mais adequadas para alguns compradores da Apple.


O que é engraçado, é de ver que esta máquina mostra Apple que faz de conta de descobrir a mobilidade. Se seguimos o raciocino do Steve Jobs, o MacBook Air é de jeito nenhum um netbook: tem uma tela de 11,6" em 1366*768 mas de excelente qualidade, se afastando das máquinas que conhecemos. Usa um processador Core 2 Duo no lugar de um Atom, então muito mais potente, e funciono com Mac OS, podendo usar os programas da Apple. Estes 3 pontos são efetivamente o contra-pé das afirmações do Steve Jobs durante a apresentação do Ipad. Não pode ser então um netbook para Apple, apesar que na essência, é talvez o que Apple pode fazer de melhor neste sentido.



Esta definição do netbook por Jobs não é a minha, nem de muitos outros. O netbook tem outros pontos chaves que fazem a sua razão de ser: um preço pequeno, um material robusto e que se manipula sem medo, um computador a finalidade educativa e lúdica. É também um material que se mexa muito e enfrenta os choques, o que é bem longe do o que a Apple apresenta. Não que o MacBook Air seja mais sensível que os netbooks aos sacudidos, pelo contrario, mas quem vai andar no metro com um computador tão fino e tão caro hoje? Que vai usar-lo numa sala de espera da estação sem ter medo de ser roubado? O MacBook Air é uma máquina muita linda, com uma autonomia aceitável, mas que usaremos apenas de tomadas em tomadas, de quartos em quartos, e muito pouco fora da primeira classe de um TGV. Não tira nada da suas qualidades e esta máquina muito bem sucedida mostra o talento dos times da Apple. Tenho uns amigos que me falaram que vão comprar-la, e francamente, não podia responder outra coisa que eu entendo-los perfeitamente.

Uma pá sobre o caixão do netbook?


 Por conta disso, não acho que ele vai fazer sombras aos netbooks. Do mesmo jeito que o Vaio X não fiz. Não é o mesmo tipo de segmento de produto, que mira público diferente. Muitos compradores acharão o preço pedido elevado demais.

Ao contrario, acho que o mundo dos PC vai descobrir que tem outros caminhos que aqueles percorridos por os fabricantes que reagissem igual ao como uma manada de búfalos correndo na planície. Por que não propõe o SSD? Telas boas? Outra coisa que o Atom? Por que fazer sempre e de novo a mesma máquina quando tem obviamente outras soluções se pensamos um pouco? O mundo PC poderia muito bem oferecer soluções não iguais ao MacBook Air, mas parecidas e mais baratas. Gostaria ter um 10" (não sonho mais com um 8,9"...) em Core 2 Duo com um GeForce G320M, 2Go de memória e 32 Go de SSD. Não seria contra a aparição de netbooks 50 euros mais caros, mas com uma tela tão bonita que uma de Mac... Asus já fiz o esforço de um casco de alumínio do tipo Unibody em alguns modelos com o 1018P, falta apenas a mudar o interior para ter um pouco de novidades no mercado.

Se a indústria PC pode se apoiar na proposta da Apple e propor um contra-pé a este calouro, seria positivo para todo mundo. Por enquanto, pode descobrir a oferta MacBook Air no site da Apple, a máquina já está disponível na França.


Este articulo é a tradução do articulo "Apple lance son MacBook Air 11.6″, les constructeurs PC n’ont plus qu’a suivre." feito para o meu amigo Pierre. Achei relevante de compartilhar aqui em português. Não esquecem que mesmo se eu compartilho o ponto de visto dele, o eu se refere ao autor original do articulo.

2 comentários:

  1. Nossa Yann, não sabia que você era tão ligado à informática! Que legal, o que sei não chega nem a 1/3 disso, eheh.

    Parabéns ;)!
    Sempre que der, acompanharei suas notícias!

    Au revoir!

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  2. Obrigado Suzi. Sim, eu gosto de informática.

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